Sagrada Família de Nazaré

 

Hoje é a festa da FAMÍLIA!

Isso porque celebramos, liturgicamente, a festa da Sagrada Família de Nazaré, que é para nós "verdadeiro modelo de vida", como garante a Oração do dia trazida pelo Missal. Todavia, não é a festa somente das famílias aparentemente “perfeitas”, mas de TODA família: as mais dilaceradas, as sofridas, divididas e deixadas de lado. Ora, as mesmas aflições, tristezas e angustias que as nossas famílias sofrem hoje, em pleno século XXI, são semelhantes às aflições, tristezas e angústias vividas por toda família na época de Jesus. Haja vista alguns relatos do Evangelho: quando a família é perseguida e precisa fugir (cf. Mt 2, 13-23); quando não é bem acolhida em Belém (cf. Lc 2, 7) e quando se desespera ao perder o menino na volta de Jerusalém (cf. Lc 2, 41-52) etc.

Acontece que a Família de Nazaré, até mesmo nas angústias, contou com o auxílio divino: antes de fugir para o Egito, o Senhor se manifestou em sonho a José; quando chegou em Belém, foi acolhida pelos pastores e humildes; quando pesou perder o menino, o encontrou inspirando e ensinando os doutores da Lei. Nesse sentido, Jesus, Maria e José nos ensinam lições muito importantes: acolher, aceitar e viver os desígnios de Deus. Se assim for, quando as coisas parecerem dar errado, na verdade, começarão a fazer sentido, porque tudo o que vem de Deus é bom. Afinal de contas, quando Deus decidiu pisar a nossa terra, enviando seu Filho para nos libertar das amarras do pecado, ele assumiu toda a condição humana (cf. Jo 1, 14), exceto o pecado (cf. Hb 4, 5).

Dessa maneira, no seio familiar, Jesus crescia “em sabedoria, idade e graça diante de Deus e dos homens” (Lc 2, 52). Tal fato é um indicador plausível de que, sem sombra de dúvidas, a família é o lugar, por excelência, de aprender as virtudes humanas e cristãs, sobretudo o AMOR. Do contrário, nossas famílias continuarão dilaceradas.

Enfim, a festa da Sagrada família de Nazaré é um convite para olharmos as nossas atitudes dentro da nossa própria família e nos perguntarmos se estamos vivendo de forma virtuosa dentro do nosso lar, confiando sempre nos planos de divinos.

Que o Senhor nos ajude. Amém.

Luis Gustavo da Silva Joaquim.

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