21º Domingo do Tempo Comum | Reflexão

 

21º DOMINGO DO TEMPO COMUM | Ano A

Is 22,19-23 | Sl 137(138),1-2a.2bc-3.6.8bc (R. 8bc) | Rm 11,33-36 | Mt 16,13-20

 

Queridos irmãos e irmãs, neste fim de semana, celebramos o 21º Domingo do Tempo Comum. A liturgia apresenta uma pergunta fundamental feita por Jesus aos seus discípulos e que, hoje, é também fundamental para nós, homens e mulheres deste século. A pergunta é: quem é Jesus?

Vale ressaltar que Jesus não é um funcionário do IBGE que busca massagear seu ego procurando saber seu nível de popularidade entre a sociedade. Não! Do contrário, ele começa perguntando o que dizem como uma forma metodológica de chegar ao que, realmente, quer saber. Ele quer saber dentre os seus apóstolos, isto é, dentre aquele que já o seguiam há um tempo: “quem sou eu para vocês?” (cf. Mt 16, 15).

Não se trata de uma resposta vazia, superficial, tampouco uma resposta pronta tirada do Catecismo ou de alguma página da internet. Trata-se de uma resposta individual, profunda, existencial e experiencial. Em outras palavras, Jesus quer saber que tipo de experiência temos feito dele e com ele?

Mas não há motivo de desesperar! Para nos ajudar, temos a figura de Pedro, que responde à questão de Jesus com uma belíssima profissão de fé: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo” (Mt 16, 16). O próprio Cristo diz que não foi um ser humano que revelou isso a Pedro, mas foi o próprio Pai que está no céu (cf. Mt 16, 17). Desse modo, esta resposta pessoal de adesão a Jesus Cristo e ao seu projeto do Reino de amor é uma construção diária, de modo que, nunca teremos a resposta pronta e acabada; mas é um caminho que construímos dia-a-dia a partir de nossas experiências de fé.

Perceba que a missão de Pedro está imediatamente relacionada com a sua profissão de fé: “Por isso, eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la [...]” (Mt 16, 18). Um ditado popular diz que “Deus dá as grandes batalhas aos seus grandes soldados”. É mais ou menos isso: quando, verdadeiramente, assumimos a fé que professamos somos impulsionados para uma missão. Seja ela qual for, mas cada um de nós temos, nesta Terra, uma missão. Perguntemo-nos: Qual a minha missão? Como tenho respondido ao projeto divino de amor? Quem é Jesus para mim?

Às vezes, nos faltarão respostas, é verdade! Mas basta que façamos como o apóstolo, na segunda leitura; quando nos faltarem as definições racionais, elevemos um hino de ação de graças, de modo que brote do coração: “ó profundidade [...], ó inescrutíveis juízos [...], ó ciência de Deus [...]” (Rm 1, 33). Todas essas aclamações querem expressar quão grande é o mistério de Deus. No entanto, basta-nos saber que “tudo é dele, por ele e para ele” (Rm 1, 36a); basta que rezemos e aclamemos: “a ele a glória para sempre. Amém!” (Rm 1, 36b).

Enfim, que saibamos, ainda que somente no fundo de nosso coração, quem é Jesus para nós, e assim, assumiremos a nossa missão de filhos de Deus na comunidade, na família e no mundo.

 

PARA MEDITAR[1]:

“A todos os homens Jesus dirige a pergunta: ‘Tu, quem dizes que eu sou?’ Para quem crê, a resposta não é difícil: basta celebrar a eucaristia. Aqui afirmamos e reconhecemos em Cristo aquele que o mundo esperava como libertador e salvador. Aqui, o acolhemos como o pão vivo descido do céu para saciar todos os homens. Aqui, nós o colocamos no centro das nossas esperanças.”

 



[1] Texto extraído, na íntegra, do Missal Cotidiano, p. 786.

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