4º DOMINGO DO ADVENTO | Ano B
2Sm 7,1-5.8b-12.14a.16a | Sl
88(89),2-3.4-5.27.29 (R. 2a) | Rm 16,25-27 | Lc 1,26-38
Amados irmãos e irmãs, chegamos ao final
de um caminho espiritual chamado Advento. Neste caminho, preparamos a vida e o
coração para acolher o Salvador. Nesse sentido, o tema que coroa a liturgia
deste fim de semana é justamente a HOSPITALIDADE. Hospitalidade em duplo
sentido: um Deus que faz morada em nossa terra a fim de que nós também façamos
morada em sua vida trinitária.
A primeira leitura, de Samuel, apresenta
a promessa de Deus ao rei Davi, que por sua vez estava preocupado em construir
um templo para habitar o Senhor (cf. 2Sm 7, 2). Contudo, não era esse o desejo
de Deus. Ele já habitava entre o povo de Israel, e por isso, sua promessa é de
fidelidade para sempre até suscitar um filho de Davi que confirmaria sua
realeza. É a promessa de descendência que rezamos no salmo responsorial: “Eu
firmei uma Aliança com meu servo, meu eleito, e eu fiz um juramento a Davi, meu
servidor. Para sempre, no teu trono, firmarei tua linhagem, de geração em geração
garantirei o teu reinado” (Sl 88(89), 4-5).
Esta promessa foi completamente
realizada em Jesus Cristo, Verbo divino encarnado em nossa história. Por isso
lemos o Evangelho de Lucas em que nos situa no momento da concretização do
projeto de Deus por meio de Maria. Ora, o mesmo Deus que fez morada entre o
povo eleito, da primeira leitura, é o Deus-conosco – Emanuel –, que faz morada
no ventre de Maria para a nossa salvação.
Deus sempre tem os seus modos de agir:
mesmo com a desobediência de Eva, pela obediência de Maria, o projeto salvífico
se cumpriu. A hospitalidade consiste em reconhecer neste grandioso fato a
oportunidade diária que temos de sermos fieis e obedientes a esta mensagem
reveladora da Graça de Deus.
Qual foi a hospitalidade daquele
primeiro presépio, em Belém? Foi a hospitalidade de um estábulo. Do mesmo modo,
o nosso coração, hoje, se encontra simples, pequeno, humilde como um estábulo,
mas é onde o Senhor deseja fazer morada. Sejamos hospedeiros deste amor
misericordioso!
Afinal de contas, a segunda leitura de
São Paulo deixa bem claro que se o mistério da encarnação era um sigilo, agora em
Jesus Cristo, já não é mais; sua glória já foi manifestada a todos os homens e
mulheres de boa vontade. Portanto, a nós, basta-nos fidelidade ao Evangelho, e
glorificação ao nome de Jesus (cf. Rm 16, 25-27).
Preparemo-nos para celebrar o Natal do
Senhor.
Maranathá: vem, Senhor Jesus!
Luis Gustavo da Silva Joaquim
Seminarista
da Diocese de Jaboticabal/SP.
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