CONVERSÃO DE SÃO PAULO, APÓSTOLO | Festa
3ª
Semana do Tempo Comum, Ano B
At 22,3-16 ou At 9,1-22 | Sl 116(117),1-2 (R. Mc 16,15) | Mc 16,15-18
Queridos irmãos e irmãs, hoje celebramos
com a Igreja, a festa liturgia da Conversão de São Paulo. Desse modo, para uma
breve introdução biográfica, é preciso evidenciar: Seu nome, inicialmente, era
Saulo.
Saulo era um judeu convicto, nascido na
cidade de Tarso, onde hoje é a Turquia. Sua formação se deu na escola de
Gamaliel, em Jerusalém. Isso significa que era muito bem instruído. Era um
perseguidor dos cristãos até que teve seu profundo encontro com o Senhor
Ressuscitado no caminho de Damasco. Vendo uma grande luz, Saulo ficou cego e caiu
por terra. Em Damasco, com a mediação de Ananias, recuperou a vista e recebeu o
batismo (passando a se chamar Paulo) para começar invocar o nome do Senhor (cf.
At 22, 3-16); de perseguidor, foi perseguido até sua morte, no ano de 67,
decapitado em Roma.
No Evangelho, ouvimos a instrução de
Jesus aos onze apóstolos enquanto subia aos céus, isto é, na sua Ascensão. Eram
onze, porque Judas acabara de traí-lo e já não pertencia mais ao grupo. Ademais,
mesmo que Paulo não pertenceu diretamente ao grupo dos doze, mas é considerado
um Apóstolo de Cristo. Isto porque viveu conforme o mandato do Senhor. Depois de
seu profundo encontro no caminho de Damasco, pôde testemunhar Cristo em todo
lugar que passava.
“Deus que nos criou sem nós, não pode
nos salvar sem nós” (Santo Agostinho); por isso, ele conta com o nosso
testemunho no mundo, como testemunhou Paulo e os demais apóstolos. Deus quer
precisar de nós! Nesse sentido, Paulo é um dos pioneiros a viver o que o Papa
Francisco chama hoje de “Igreja em saída”.
Hoje somos nós que ouvimos do Senhor: “Ide
pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura!” (Mc 16, 15). Que
mundo é este? É o nosso mundo. É o hoje, o aqui e o agora. Anunciar é dever de
todo cristão batizado, mas não significa que devemos abandonar tudo e sair pelas
estradas. Tantas vezes o “mundo” que precisa ser anunciado o Evangelho é nossa própria
casa, nosso trabalho e até a nossa própria comunidade paroquial. Basta-nos, de
coração aberto, fazer a Deus a mesma pergunta de Paulo de Tarso: “Que devo
fazer, Senhor?” (At 22, 10).
Assim, a convite do Evangelho,
expulsemos os demônios da maldade, da indiferença e do ódio. Falemos as novas línguas
do amor. Curemos as doenças da alma sendo mais empáticos uns com os outros. Enfim,
com o apóstolo Paulo, aprendemos a responder generosamente à nossa vocação,
confiando sempre em Deus que molda o nosso coração e transforma a nossa vida.
Por isso, celebremos neste dia não somente a conversão de alguém que viveu
séculos atrás, mas a nossa conversão, que deve ser diária. Amém.
Luis Gustavo da Silva Joaquim
Seminarista
da Diocese de Jaboticabal/SP.
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