3º Domingo do Advento | Reflexão

 

3º DOMINGO DO ADVENTO | Ano C

Sf 3,14-18ª | Is 12,2-3.4bcd.5-6 (R. 6) | Fl 4,4-7 | Lc 3,10-18

Amados irmãos e irmãs, adentramos no chamado “Domingo Gaudete”, isto é, DOMINGO DA ALEGRIA. Ao saber disso, somos tentados, num primeiro momento, a perguntar: mas onde está a nossa alegria? Talvez a melhor pergunta não seja esta, mas sim: EM QUEM está a nossa alegria?

Na primeira leitura, o profeta Sofonias já aponta para quem deve ser a nossa alegria. Ele convida Jerusalém a alegrar-se porque Deus revogou a sentença de condenação que pendia sobre o seu povo. A expressão “Naquele dia” significava o dia do castigo, mas o amor e a misericórdia de Deus falaram mais alto; o dia se transformou em alegria de redenção. Deus tinha razões para castigar o seu povo que fora infiel; mas o seu amor venceu todas essas razões. A nossa alegria deve estar em Deus pelo simples fato de que o seu desejo de salvação é muito maior que o desejo de nos castigar. Por isso estabeleceu morada no meio de nós (Sf 3,17) enviando o seu Filho, Jesus Cristo. Podemos e devemos nos alegrar no Senhor (Fl 4,4) porque ele está próximo de nós!

Sendo assim, acreditando nesta verdade de que a nossa alegria está no Deus encarnado, ouçamos com atenção o convite de São Paulo: “Não vos inquieteis com coisa alguma, mas apresentai as vossas necessidades a Deus, em orações e súplicas, acompanhadas de ação de graças” (Fl 4,6). Apresentando ao Senhor aquilo que temos e somos, nos tornamos capazes de enxergar a vida com a alegria que vem do alto. É, antes de tudo, um exercício de conversão, isto é, de mudança de mentalidade.

Afinal de contas, no Evangelho, há uma proposta de conversão dada pelo próprio João Batista, aquele que preparou os caminhos para Jesus. Ele reconhece que virá alguém maior que ele, mas deixa claro também a importância de nos tornarmos mais humanos, mais bondosos e mais amorosos. A pergunta “o que devemos fazer?” foi repetida várias vezes no trecho do Evangelho, e por isso, ela deve ser constante em nossa existência. Sabendo que o Senhor está próximo, não para castigar, mas para amar e perdoar, o que devemos fazer?

Diante desta pergunta, no Evangelho, João não pede gestos ou práticas religiosas vazias; mas propõe coisas concretas, que apontam para um sentido de vida mais humana, justa e fraterna: repartir com quem não tem, não se apegar ao dinheiro, ajudar quem precisa... Isto é Advento; isto é Natal! Reconhecer que o Amor nos amou, e, por isso, somos também capazes de amar! Na concretude da vida é que percebemos a alegria que vem de Deus: “há mais alegria em dar do que em receber” (At 20,35).

            Portanto, aproveitemos deste tempo de preparação para o Natal do Senhor que se aproxima. Façamos da nossa vida uma oportunidade de nos alegrar e tornar a vida dos outros, um pouco mais alegre também, pois no mundo já existe tristeza demais. Sejamos nós a diferença!

Assim seja. Amém!

 

Luis Gustavo da Silva Joaquim

Seminarista da Diocese de Jaboticabal/SP.

 

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