4º Domingo do Advento | Reflexão

 

4º DOMINGO DO ADVENTO | Ano C

Mq 5,1-4ª | Sl 79(80),2ac.3b.15-16.18-19 (R. 4) | Hb 10,5-10 | Lc 1,39-45

Irmãos e irmãs, chegamos ao quarto domingo do Advento. Aproxima-se de nós a festa natalina, isto é o encontro do Salvador com toda a humanidade. Por isso que a liturgia já nos aponta para a identidade do menino, o Filho de Deus, que vem habitar o nosso meio. Nesse sentido, nós, somos homens e mulheres desejosos de salvação. Estamos na expectativa de amar, cada vez mais, o Amor encarnado.

Assim, a profecia de Miqueias, na primeira leitura, é um sinal de esperança. Na cidade de Belém, a mais “pequenina entre os mil povoados de Judá” (Mq 5,1), nascerá o Príncipe da Paz. Veja o que Deus quis fazer no mundo ao tornar-se gente como a gente: Jesus não nasceu em Jerusalém, no palácio real, centro político e econômico, lugar que reinava o orgulho, a vaidade e o poder; mas veio de uma cidadezinha pequena e simples... a terra natal do grande rei Davi. Deus é simples, somos nós que, tantas vezes, complicados ele m nossa vida e na vida dos outros! Até porque, somente este simples menino poderá nos trazer a paz verdadeira, pois “ele mesmo será a Paz” (Mq 5,4). Aqui, a profecia apresenta uma verdade que não pode sair jamais do nosso coração: a nossa paz vem de Jesus! Se queremos passar um fim de ano e inicio de ano novo em paz, é preciso que tenhamos Jesus em nosso coração, em nossa vida, em nossas ações.

Como sabemos, na história do povo do Antigo Testamento, eles ofereciam animais em sacrifícios a Deus, no templo, como forma de pedir perdão pelos pecados. No entanto, a Carta aos Hebreus, na segunda leitura, deixa claro o que Jesus inaugura: “Ao entrar no mundo, Cristo afirma: Tu não quiseste vítima nem oferenda, mas formaste-me um corpo. Não foram do teu agrado holocaustos nem sacrifícios pelo pecado. Por isso eu disse: Eis que eu venho” (Hb 10,5-7). Portanto, o melhor sacrifício que cada um de nós podemos oferecer a Deus é a nossa própria vida. Precisamos aprender com Jesus a dizer: “Eu vim, ó Deus, para fazer a tua vontade” (Hb 10,7). Deus se entrega para a humanidade por inteiro; deixa sua condição puramente divina e se faz homem-Deus. Se queremos, verdadeiramente, buscar a paz, o amor e o perdão, é preciso que nos tornemos sempre e cada vez mais pessoas que saibam fazer a vontade de Deus.

No Evangelho, vemos o encontro de duas mães. Mães que foram visitadas para fazerem a vontade do Senhor: “Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido, o que o Senhor lhe prometeu” (Lc 1,45). Irmãos e irmãs, vivemos em um mundo incrédulo, doente de fé. Precisamos acreditar mais na promessa de Salvação, acreditar mais em Deus, acreditar mais em nós mesmos. Seremos felizes, bem aventurados, se acreditarmos que a visita que Deus encarnado fez ao nosso mundo não foi em vão, mas nos trouxe, verdadeiramente, a paz e o amor. Isto sim é Natal!

Que estas palavras no fortaleçam na fé, no amor e na paz para vivenciar as festividades natalinas que se aproximam. Assim seja. Amém!

 

Luis Gustavo da Silva Joaquim

Seminarista da Diocese de Jaboticabal/SP.

 

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