SANTA MARIA, MÃE DE DEUS | Solenidade
Nm 6,22-27 | Sl 66(67),2-3.5.6.8 (R. 2a) | Gl 4,4-7 | Lc 2,16-21
Que
Deus nos dê a sua graça e sua bênção!
Mais um ano se finda, no entanto, com
promessa de um recomeço. Afinal de contas, a vida é sempre um recomeço! Nesse
sentido, é necessário que iniciemos o ano civil sempre pedindo as bênçãos e a
proteção de Deus, que veio ao mundo pelo ventre de Maria, sua Mãe. Eis o motivo
desta bonita celebração no Dia Mundial da Paz (1º de Janeiro). Somos mensageiros
da paz, justamente porque viemos receber a bênção: “O Senhor te abençoe e te
guarde! O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face, e se compadeça de ti! O
Senhor volte para ti o seu rosto e te dê a paz!” (Nm 6,24-26).
Esta é uma bênção transmitida frente ao
monte Sinai, onde se celebrou a aliança entre Deus e o seu Povo, em que Moisés
dá instruções divinas ao povo, antes de iniciar a caminhada à Terra Prometida.
Do mesmo modo, antes de iniciarmos a caminhada este ano civil, tomemos posse da
bênção e da proteção de Deus em nossa vida... Isto aprendemos com Maria!
Maria acolhe esta bênção em sua vida ao
dar à luz o Deus encarnado. Por isso, esta solenidade não quer afirmar poderes sobrenaturais
a Maria, mas sim, afirmar dogmaticamente que Jesus é Deus, e por isso, sua Mãe,
Maria, é chamada a Mãe de Deus (theotókos).
É com Maria, que guarda tudo no coração (Lc 2,19), que devemos aprender a
acolher a bênção e a graça em nossa vida, em nosso ano novo que se inicia: “Quando
se completou o tempo previsto, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher, nascido
sujeito à Lei, a fim de resgatar os que eram sujeitos à Lei” (Gl 4,4-5). Já não
somos mais escravos, e sim filhos de Deus! Esta é a fonte da nossa esperança.
Podemos chamar Deus de Pai porque aprendemos de Jesus... No Filho, nos tornamos
filhos.
Olhemos, no Evangelho, para a figura dos
pastores como modelo de pessoas que buscam a Deus. Vamos aprender com eles a começar bem o nosso ano de 2025. Eles foram
às pressas a Belém encontrar o Salvador (Lc 2,16) e, depois, “Tendo-o visto,
contaram o que lhes fora dito sobre o menino” (Lc 2.17). Para este ano novo, precisamos
pensar ou repensar quais as nossas pressas, nossas urgências. É necessário
colocar metas, e, sobretudo, colocar mais Deus nas coisas. Depois de fazer um
encontro com o Senhor, urge que contemos aos outros. A Palavra de Jesus não
pode ser exclusiva de algum grupo ou pessoa, mas é para todos. Tanto que ele se
manifestou também aos pastores, pobres, miseráveis e deixados de lado pela
sociedade judaica. Não sejamos elitistas e exclusivistas da graça e da bênção
de Deus. Recordemos que TODOS nós somos filhos!
“Os pastores voltaram, glorificando e
louvando a Deus por tudo que tinham visto e ouvido, conforme lhes tinha sido
dito” (Lc 2,20). Precisamos reconhecer a transformação que Deus causa em nós.
Precisamos voltar diferentes depois de cada encontro. Não podemos mais mudar de
calendário com o mesmo coração e os mesmos vícios.
Então, depois dos oito dias, conforme a
lei judaica, deram nome ao menino; seu nome é Jesus (Lc 2,21) porque significa “Deus
Salva”. Precisamos, para o ano que se inicia, invocar mais este nome poderoso
que é Deus Salva!
Um santo e feliz 2025 a todos nós, com
as bênçãos e proteção de Deus. Assim seja. Amém.
Luis Gustavo da Silva Joaquim
Seminarista
da Diocese de Jaboticabal/SP
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